O circo de horrores chegou na cidade.
Tendas pretas e brancas. Imponentes.
Suas aberrações em suas gaiolas.
Eles não possuem deformidades físicas.
Se exibem com o peito estufado.
E o orgulho estampado nos lábios.
Se contorcem em ângulos estranhos.
A música e cheiro açucarado violam seu corpo.
Você é impedido de sentir. Apenas sorri.
Mas quando as luzes se apagam.
Quando o silencio é a única companhia das aberrações.
As mascaras se desintegram. Há cheiro de fumaça no ar.
Os gritos e gemidos cortam o céu da madrugada.
Lamentos intermináveis. Palavras que explodem na ponta da língua.
O sal escorre em sua bochechas.
Até que o sol nasce.
E os sorrisos se tornam seus grandes disfarces.
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16:06
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