Sempre escuto alguém dizendo que nossa geração é de sorte. Nada de Guerras Mundias, nada de pestes devastadoras que matam milhares. Realmente, temos muita sorte.
Mas essas pessoas se esquecem de um detalhe. Parece insignificante, coisa pouca. É essa ansiedade diária, essa pressa que não acaba, esses deveres (lê-se imposições) que empurram por nossas gargantas.
Nós não temos uma grande guerra pela qual lutar. Nossos inimigos não são nazistas com a Blitzkrieg, fascistas com os camisas negras ou uma guerra nuclear esperando o botão vermelho ser apertado. A nossa guerra somos nós mesmos.
Essa batalha começou no momento em que fomos aprisionados em nossa própria paranóia. Amedrontados, escondidos nos porões escuros de nossas mentas, segurando nossas respirações e esperando que o inimigo vá. Sinto informar, mas ele nunca irá.
Por mais que você tente, se descabele, faça um escândalo, ele vai aparecer outra vez. Mil vezes mais brutal que uma Blitzkrieg, todo o exercito fascista e as bobas atômicas. Ele é autodestrutivo. Te corroê de dentro para fora, te rasga em pedaços. E chaga o momento em que não sobra mais nada para ser destruído.
Sinta medo, se apavore. Grite o mais alto que conseguir. Deixe as lágrimas caírem até que não tenha mais água no seu corpo. Não confie em ninguém. Não confie em suas próprias ações. Deixe o desespero tomar conta do seu corpo. Perca o controle.
Deixe o medo dominar, por que onde há medo, não há esperança. Esperança, meu amigo, é a ultima coisa que vai existir durante essa Terceira Guerra Mundial.
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11:41
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